Sô No sense
Sô Circense
Mas não sou herói
Não me destrói porque dói
Faça o censo
Quem não diz da altura que despenca,
O arremesso,
Quem não meça o verbo que dispara... Porra!
Viva em cada tempo
Na literatura o sadomasoquismo fez suas vestes
Há quem não confesse
Chicoteia a merda no ventilador e arremessa o cavalo pra fazer vento
Sô No sense
Sô Circense
Mas não sou herói
Não me destrói porque dói
Abafa o caso
Senão pega mal pra cacete
Dizer que anda rolando porrete pra todo lado
E ao lado
Toda vida se diz perfeita até abrir a geladeira
E achar o que está fedendo
A borra do café me disse que seria assim mesmo
Tudo superaquecendo e o mundo declinando, que tudo mina
Mas isso é desculpa de precoce
Que não sente que tudo acaba só quando termina
Sô No sense
Sô Circense
Mas não sou herói
Não me destrói porque dói
Cantar de galo
Acordar desafinado
Despertador João Gilberto pra mostrar um dia incerto
Será que vale a pena?
Há mais muito do que tudo que a gente imagina
Macunaíma,
Quem diria que existiria?
Agora o anti-herói será você, improvisa...